
Se tocasse bossa nova em alguns momentos de “A Vida da Gente”, nova trama das seis da Globo, o espectador mais desavisado certamente acharia que as histórias de Manoel Carlos voltaram ao ar. Isso porque a novela escrita por Licia Manzo aposta nas relações cotidianas da mesma que Maneco, mas com um pé um tiquinho mais pesado no acelerador. No primeiro capítulo conhecemos Ana (Fernanda Vasconcellos), uma tenista que vive a base de horários rígidos impostos pela mãe (Ana Beatriz Nogueira) e pela técnica (Gisele Fróes). Irmã de Manuela (Marjorie Estiano), ela nutre um amor secreto pelo irmão postiço, Rodrigo (Rafael Cardoso). Assim está armado o enredo de amor proibido que daqui a alguns capítulos será solapado por um acidente que deixará a mocinha em coma por vários capítulos.
Herdeira de um horário com audiência em alta graças à vivacidade de “Cordel Encantado”, “A Vida da Gente” pode decepcionar parte do público por ter uma história mais melancólica. Às 18h, ninguém espera ver muito sofrimento ou maldade. A seu favor, a novela tem um texto impecavelmente bem escrito e uma direção competente de Jayme Monjardim e seus colaboradores. Aliás, desde já pode-se dizer que os folhetins dessa faixa de horário da Globo têm se destacado dos outros quanto à belíssima fotografia e ao capricho estético.
Apesar das qualidades, chama atenção um pouco da pressa com a trama andou já na estreia, assim como algumas leves questões de roteiro. Afinal, como podem dois irmãos postiços, que convivem há anos na mesma casa, viverem de olhares e desejo reprimido sem nunca terem partilhado de algum tipo de privacidade? Nem que fosse “brincar de médico” quando crianças, vamos combinar. Da mesma maneira, uma vez que esse desejo foi revelado, já partiram logo para fazer amor numa cachoeira – com direito a exibição dos seios de Fernanda Vasconcellos sob o vestido branco molhado, diga-se de passagem. Certos erros de continuidade também foram percebidos: a personagem pula de caso e tudo na água, surge com vestido estampado e termina a cena com uma espécie de camisolinha branca. Onde foram parar as outras peças de roupa, ninguém sabe. Mas isso tudo é preciosismo bobo, relevado graças à qualidade da história. Resta saber se o público vai achar a mesma coisa.
Herdeira de um horário com audiência em alta graças à vivacidade de “Cordel Encantado”, “A Vida da Gente” pode decepcionar parte do público por ter uma história mais melancólica. Às 18h, ninguém espera ver muito sofrimento ou maldade. A seu favor, a novela tem um texto impecavelmente bem escrito e uma direção competente de Jayme Monjardim e seus colaboradores. Aliás, desde já pode-se dizer que os folhetins dessa faixa de horário da Globo têm se destacado dos outros quanto à belíssima fotografia e ao capricho estético.
Apesar das qualidades, chama atenção um pouco da pressa com a trama andou já na estreia, assim como algumas leves questões de roteiro. Afinal, como podem dois irmãos postiços, que convivem há anos na mesma casa, viverem de olhares e desejo reprimido sem nunca terem partilhado de algum tipo de privacidade? Nem que fosse “brincar de médico” quando crianças, vamos combinar. Da mesma maneira, uma vez que esse desejo foi revelado, já partiram logo para fazer amor numa cachoeira – com direito a exibição dos seios de Fernanda Vasconcellos sob o vestido branco molhado, diga-se de passagem. Certos erros de continuidade também foram percebidos: a personagem pula de caso e tudo na água, surge com vestido estampado e termina a cena com uma espécie de camisolinha branca. Onde foram parar as outras peças de roupa, ninguém sabe. Mas isso tudo é preciosismo bobo, relevado graças à qualidade da história. Resta saber se o público vai achar a mesma coisa.
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